Rezava a lenda que, para se chegar á Shambala, os homens podiam escolher três caminhos e que na entrada dos três caminhos havia um guardião que orientava as pessoas que se arriscavam tentando chegar á cidade mística.
Estava o guardião sentado frente aos três caminhos, quando chegou um homem e lhe perguntou:
- São esses os caminhos para Shambala?
O Guardião respondeu:
- Sim.
E explicou:
- O caminho da esquerda é o caminho do mal
- O da direita é o caminho do bem
- E o do centro é simplesmente o caminho do meio.
O homem então falou:
- Sou do bem, vou pelo caminho da direita...
A princípio, o caminho era belo, cheio de luz e belas flores.
O homem então seguia admirado com toda aquela beleza e pensava:
- Imagina quando eu chegar á cidade então...
E assim foi... Por dias caminhado...
- São esses os caminhos para Shambala?
O Guardião respondeu:
- Sim.
E explicou:
- O caminho da esquerda é o caminho do mal
- O da direita é o caminho do bem
- E o do centro é simplesmente o caminho do meio.
O homem então falou:
- Sou do bem, vou pelo caminho da direita...
E assim fez. Seguiu pelo caminho da direita.
A princípio, o caminho era belo, cheio de luz e belas flores.
O homem então seguia admirado com toda aquela beleza e pensava:
- Imagina quando eu chegar á cidade então...
E assim foi... Por dias caminhado...
Um dia, o cheiro das flores começou a embriagá-lo.
Ele foi ficando cada vez mais fascinado com o cheiro e a beleza.
Perdendo as forças, ele sentou para admirar aquele belo show de cores e cheiros do lugar...
Dessa forma, ele ficou sentado no meio do caminho, até que morreu ali mesmo, apodrecido pela beleza e perfumes do caminho do bem...
Dias depois, outro homem chegou até os três caminhos e fez a mesma pergunta ao guardião que respondeu da mesma forma.
Esse, disse que era do mal e que iria seguir pelo caminho da esquerda...
A princípio, o caminho é apavorante, cheio de espinhos, esqueletos.
O homem então, se sentiu o “tal” e seguiu o caminho com toda a empáfia...
Por dias ele seguiu, sentindo cheiro de sangue e ouvindo gritos de dor, até que começou a sentir sua pele sendo cortada por espinhos.
A cada passo que ele dava, mais os espinhos lhe rasgavam a carne.
Dessa forma, ele foi perdendo as forças e caiu, morrendo ali mesmo, apodrecido devido ás feridas causadas pelos espinhos...
Dessa forma, ele foi perdendo as forças e caiu, morrendo ali mesmo, apodrecido devido ás feridas causadas pelos espinhos...
Assim, foi por muitos anos...
As pessoas sempre escolhiam entre o caminho do bom e do mal, mas, nunca o do meio.
Todos, sem exceção, caíram e morreram.
Um dia, um homem chegou frente ao Guardião e perguntou sobre os caminhos, recebendo a mesma resposta que os anteriores.
Todos, sem exceção, caíram e morreram.
Um dia, um homem chegou frente ao Guardião e perguntou sobre os caminhos, recebendo a mesma resposta que os anteriores.
Então, o homem depois de muito pensar, falou ao Guardião:
- Eu vou pelo caminho do meio...
O Guardião surpreendeu-se e falou:
- Vá... Boa sorte...
O homem entrou e viu que o caminho era:
• De um lado, escuro e cheio espinhos
• Do outro, cheio de luz e belas flores
Por dias ele seguiu por esse caminho, até que o cheiro das flores começou a embriagá-lo.
Quando ele estava quase caindo, um espinho lhe cortou a carne.
Ele voltou a si e continuou a seguir.
Então, sua pele começou a ser rasgada pelos espinhos.
Quando ele ia cair, o cheiro das flores lhe deu forças para não cair.
Assim ele seguiu:
• Hora embriagado pelas flores
• Hora rasgado pelos espinhos
Até que finalmente, chegou à entrada de Shambala.
Lá, estava o mesmo Guardião que estava no início do caminho e lhe disse:
- Parabéns, seja bem vindo a Shambala...
O homem então disse ao guardião:
- Acho que descobri uma coisa andando por esse caminho:
É o equilíbrio entre as sombras e a luz que faz o homem chegar até aqui...
O Guardião então respondeu:
- Exato, e tudo na vida é assim...
Não existe mal absoluto nem bem absoluto; tudo têm que ser equilibrado.
Quem crê ser totalmente mal, apodrece e morre.
Quem crê ser totalmente do bem, morre também.
Quem crê ser totalmente do bem, morre também.
Tudo no universo é dual, e sem esse equilíbrio nada funciona ou tem sentido de ser.
Para que haja luz é preciso que existam as trevas e vice-versa.
O homem tem duas faces, como tudo no universo. Ele só precisa ver isso e chegará onde quiser, caso contrário, apodrecerá no caminho...
Somente aquele que entende a Boa Lei o atravessa sem perder-se...
Somente aquele que desperta para muito além das Mayas da Dualidade pode entender as veredas do autoconhecimento e abrir para si a fonte inesgotável de sabedoria...
Entre, pois a cidade é sua...
O homem entrou e nunca mais saiu.
O homem entrou e nunca mais saiu.
Adorei!
ResponderExcluirAbraços
Muito inteligente! É verdade, doce demais, salgado demais, quente demais, frio demais... é necessário um equilibrio para que as coisas existam.
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