quarta-feira, 21 de março de 2012

O Silêncio


Antes de tudo, o real sábio é o silencio que não ouve sandices e não fala loucuras, ao mesmo tempo diz coisas que os ouvidos nunca esperavam ouvir...

Já diziam os grandes sábios da história:
“O silêncio é uma dádiva a ser atingida”

Esses mesmos sábios não foram os que mais quebraram o silêncio...

Não foram eles que mais falaram...

Estariam eles mentido ao mundo ou apenas tentando por palavras provar que o silêncio também é sonoro?

O silêncio é ágil e muito peculiar, pois têm várias formas:
  • Tem o silêncio que cala
  • O silêncio que fala,
  • O silêncio perfeito,
  • O silêncio errado,
  • O silêncio dos inocentes,
  • O silêncio dos culpados,
  • O silêncio dos amigos,
  • O silêncio interno...
  • O silêncio externo,
  • O silêncio que machuca
  • O silêncio que cura e mais uma grande gama de silêncios...

O silêncio que cala é aquele onde nada é dito, mas tudo está falando...

Não é preciso sons ou palavras, apenas sentir a emoção que nos causa:
  • Seja vendo aquela flor no jardim,
  • Vendo alguém que nos é especial
Ou apenas se calando e contemplando aquele momento mágico que passou naquela hora...

O silêncio que fala...

Esse, apesar de parecido com o que cala, tem suas particularidades...

Ele é:
  • Agitado,
  • Inquieto,
  • Ás vezes escandaloso
  • Ás vezes cheio de amor...
  • Ás vezes cheio de ódio...

Ele fala tanto que nem de palavras ele precisa, basta ouvir o que esse silêncio tem a falar...

O silêncio por si só, ao mesmo tempo pode ser bom ou mal.

Depende de que tipo de silêncio estamos perto...

O silêncio que a saudade causa muitas vezes:
  • Dilacera,
  • Mata,
  • Rasga a carne,
  • Destrói a mente,

E faz com que nos sintamos:
  • Vazios,
  • Meio sem vida,
  • Meio caídos,
  • Meio calados,

Mas também nos faz:
  • Esperar sem cansar pelo silêncio do reencontro,
  • Por aquele momento que basta sentir a presença, o toque...

As palavras são dispensáveis nesse momento, basta:
  • Olhar,
  • Ver,
  • Calar-se e contemplar...
  • O silêncio da perda: Esse é terrível e forçado...

Silêncio.
Você não o queria, mas ele veio assim mesmo...

Nele as lágrimas são as palavras...
Aliás, as últimas palavras daquilo que se perdeu...

Nele:
  • A dor,
  • O canto de despedida,
  • A última homenagem àqueles que o tempo levou...

De todos os silêncios o que mais gosto é aquele contido no olhar:
  • Inocente e singelo...
  • No olhar que o tempo esqueceu e o que o tempo petrificou...
  • No olhar em que os olhos se cruzaram e que em meio a esse cruzamento surgiu um olhar superior: O olhar dos deuses...

Enfim, o silêncio de seus olhos fala mais que todas as bocas desse mundo...

Afinal, a verdadeira sabedoria não está nas palavras ditas e sim nas nunca ditas...

“O grande mantra de um sábio e a voz do silêncio”...