domingo, 1 de agosto de 2010

Julgamentos




Nós, seres humanos, temos a grave mania de julgar, pré-julgar e pós-julgar tudo e todos o tempo todo.
Na verdade, perdemos mais tempo avaliando as ações alheias do que as nossas próprias ações. Quando paramos para nos avaliar, fazemos a mesma coisa.

Nós julgamos e pré-julgamos.

Nos dois casos existe um grande problema:

Quando julgamos algo ou alguém, julgamos pelo nosso padrão, pela nossa idéia de como as coisas devem ser, e pior ainda, queremos que as pessoas ajam segundo a nossa ótica do que é certo ou errado...
Sem contar que quando vemos nossos defeitos nos outros isso nos incomoda tão profundamente que tentamos de todas as maneiras possíveis e imagináveis derrubar aquele ser que nos faz lembra de nossos próprios erros e defeitos.
Devemos fazer a nós mesmo certas perguntas antes de sair julgando as coisas e as pessoas.
Farei as perguntas aqui, darei as minhas respostas e cabe a cada um se fazer essas perguntas e dar suas próprias respostas:

Eu tenho uma real imparcialidade para julgar alguma coisa ou alguém de forma correta e justa?

Resposta:

Eu não tenho essa imparcialidade, pois usarei meus parâmetros e concepções ao tentar julgar, avaliarei tudo a partir de minha ótica e conhecimento, que são diferentes de que ou o que eu estaria julgando. Portanto não seria um julgamento justo e imparcial de minha parte...


Eu, ao julgar alguma coisa ou alguém não estaria dando o mesmo direito aos outros de me julgarem?

Resposta:

Sim, eu estaria.
Mesmo que eu não queira ser julgado ou julgar eu estaria dando a quem ou que eu estiver julgando a chance de me julgar.

Eu gostaria de ser julgado?

Resposta:

Não, eu não gostaria e não gosto de ser julgado.
Portanto, também tenho certeza que ninguém gostaria como eu de ser julgado.
Particularmente, eu prefiro que me entendam como sou do que ser julgado, pré-julgado ou pós-julgado por parâmetros alheios.

Alguém me deu o direito de julgá-los ou eu dei o direito a alguém de me julgar?

Resposta:

Ninguém me deu o direito de ser julgado por mim.
Se eu julgar, estarei sendo prepotente e invasivo
E também não dei o direito a ninguém de me julgar, portanto, quem me julgar está sendo invasivo e prepotente

Eu me julgo pelo que sou e penso?

Resposta:

Eu, graças á minha caminhada de aprendizado, hoje não me julgo e sim, me questiono sobre acertos e erros.
Faço a síntese dos prós e contras.
Dessa forma, diminuo meus erros e valorizo meus acertos.

Agora deixo uma pergunta a todos:

Vocês realmente acham que julgar alguém ou a si mesmo tem algum valor para sua jornada de aprendizado?

Minha resposta:

Não.
Julgar não é mais que tentar presumir algo que não entendemos direito e tentar de todas as formas nivelar tudo aquilo que nunca deveria ser nivelado, ou seja, tentar padronizar tudo segundo a nossa ótica.