segunda-feira, 11 de junho de 2012

Alma


Alma... Há tempos me pergunto: O que é você?

Mil são as respostas que me vêm à mente...

Mil palavras para te entender, mil cores para te ver, mil respostas que nunca quis entender...

Alma...

Minha alma...

As palavras vêm e vão a seu respeito, mas nada me dizem realmente a teu respeito...

Sofro a angústia dos aflitos,
A dor dos condenados,
A loucura dos poetas,
Mas sofro mais ainda porque a cada passo parece que me perco de você...

Alma minha...

Sublime centelha divina,
Meu pedacinho mágico entre o céu e a Terra...
Talvez só a compreenda quando não mais tiver você...
Alma indomável, alma escondida, alma invisível, alma intocável...

Entre abismo e mundos perdidos tu estás minha ancora intocável.

As cores que deveras havia esquecido, em ti estão pintadas com brilho eterno de olhos marinados de lágrimas tardias de velhos amores perdidos...

Alma...

És o registro indelével de meus atos e ações do presente e do passado,
Folha rabiscada por garranchos mal feitos...

Pintada a pincel de cores vividas e sentidas ao longo do tempo...
Cegueira poética passada para o papel que nenhum rosto viu ou sequer ira ver...

Alma indócil...

Sempre alheia às guerras,
Imune a feridas da carne,
Sábiamente neutra em seu nobre jeito de ser...

Alma eterna de um corpo sem rumo há de mostrar ao mundo quem é você...

Alma cansada, de se fazer desconhecer...

Alma tenaz, que me faz viver...