quarta-feira, 11 de abril de 2012

As folhas


Dentro da natureza entre grandes espetáculos e pequenos shows, talvez um dos mais belos seja o círculo das folhas:
  • Folhas verdes,
  • Amarelas
  • Cinza
  • Negras
  • Redondas
  • Quadradas
  • Triangulares

Uma gama interminável de:
  • Cores,
  • Formas,
  • Jeitos
  • E graça.

Mesmo as folhas menos bonitas têm em si um espetáculo á parte.

No início da primavera elas chegam:
  • De forma tímida em pequenos brotos,
  • Em pequenos números,
  • Cobrindo as velhas árvores de forma plácida e contínua...

O tempo vai passando e elas vão ganhando formas, cores e vida...


Já no verão, elas estão plenas:

  • Plenas em beleza,
  • Em sua missão que é a de preceder o novo, o sublime.
  • Elas abrem os caminhos para os novos frutos,
  • Elas avisam ao mundo e aos olhos que as flores estão chegando...

Após saírem, elas ficam lá fazendo fundo, criando o cenário, para que as flores sejam vistas. Para os frutos, elas fazem sombras e os protegem da chuva e do sol...

As folhas são a expressão de alegria da mãe natureza...

Onde há folhas está à vida...
Onde elas crescem o mundo é mais vivo...
Cheio de cores e charme...

  • Seja naquele jardim da praça
  • Em um pequeno vaso de plantas no apartamento...
  • Nas copas das grandes árvores da floresta...
  • Até mesmo nas tundras cobertas de neve, lá estão elas: firmes e fortes, dando vida ao lugar...

No outono elas sempre caem e fica aquela sensação de que está faltando algo no mundo... Tempos depois elas voltam, com o mesmo show e a mesma graça...

Em tempos de ventania outro espetáculo acontece:
  • A famosa dança das folhas...
  • As copas dançando, indo de um lado para outro, fazendo aquele barulho peculiar que nos remete á infância, danças circulares, danças caóticas...

Enfim, uma dança atrás da outra, de forma sublime e contagiante...

As que se cansam caem das copas:
  • Planando,
  • Rodopiando,
  • Indo de um lado a outro,
  • Sendo levadas pelo vento para lugares distantes...

Algumas caem sobre os telhados...

Outras caem na sarjeta, sobre as águas e navegam com a corrente...

Têm aquelas que caem sobre nossas cabeças e ombros, mas o homem e sua total ignorância as tiram, limpam a cabeça e ombros como se aquela folha fosse um lixo ou algo sujo...

Aquela folha é muito mais limpa e valorosa do que quem faz isso...

Têm aqueles meio loucos, ou melhor, aqueles que são taxados de louco, que pegam essas folhas e:
  • A olham,
  • Admiram
  • E em certos casos, a levam para casa...

Outro grande espetáculo é durante a chuva, quando as águas lavam as folhas e fazem mais um daqueles barulhos bem particulares.

Depois, então, quando a chuva acaba e as folhas ficam com aquelas gotas de água parecendo que estão cravejadas de diamantes...

Se houver sol, aquela pequena gota de água vira um prisma e faz o espetáculo de cores em seu minúsculo arco-íris.
São vários outros espetáculos que elas nos dão, mas é melhor vê-los do que escrever sobre eles...

Agora, existe outro tipo de folhas:
  • As folhas de papel.
É dessas que gosto mais.

Nelas escrevo:
  • Meus versos,
  • Conto minhas histórias,
  • Crio mundos...

Elas são minha terra, onde faço minha obra...

Com uma folha de papel eu me torno um Deus.

É no papel que expresso:
  • Meus medos,
  • Minha paixões,
  • Minha vida,
  • Meus dias,
  • Minhas emoções...
Há também:
  • As folhas dos livros onde viajo
  • As folhas dos jornais onde me informo, e por ai...

Folhas de papel...
Esse é o meu mundo...

Essas linhas são o meu legado a esse mundo de folhas verdes...