segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Culpas

Eu sou culpado...

Você é culpado...

Quantas vezes na vida falamos ou pensamos isso?

Infelizmente, nós humanos, cultuamos a culpa... Seja em nós ou nos outros...

Mas...

Qual a real valia desse culto?

Todo bom estudioso de ocultismo sério, sabe que a raça humana é mentalmente infantil...

Também sabe que no exato momento ainda estamos crescendo e evoluindo...

Se olharmos bem a vida humana veremos bem isso.

Darei três exemplos que provam nossa infantilidade:

Quando criança, o menino adora brincar com carrinhos.

Já na idade adulta, o menino que cresceu, agora brinca com carros de verdade.

O que difere as duas brincadeiras é:
  • Quando menino se brinca imaginativamente
  • Já adulto, se brinca de verdade

Quando somos crianças, queremos chamar a atenção de nossos pais.

Na idade adulta, tentamos chamar atenção de nossos patrões, amigos e sociedade.

Na idade infantil, descobrimos que para sermos vistos e ouvidos devemos fazer coisas estranhas que vão do chorar a fazer malcriações.

Adultos, elevamos a prática de chamar a atenção a um nível perigoso e fazendo coisas como:
  • Beber até cair
  • Agredir os outros (para que o foco nos siga, afinal, quem briga é sempre observado)
´
O próximo exemplo seria engraçado se não fosse trágico...

Toda criança tem mania de dizer:
  • Isso é meu...
  • Ninguém pega ou deve tocar...

A criança tem um brinquedo que não empresta, não divide e odeia quando alguém toca ou faz menção de tocar...

Já o adulto, eleva isso a uma categoria terrível:
  • Meu carro...
  • Meu filho...
  • Minha mulher...

O adulto não sabe conviver. Têm de possuir tudo e todos; como a criança faz com seus brinquedos...

Isso leva o adulto a reações bem trágicas...

Exemplo:
  • Se alguém bate o carro que ele possui, ele fica louco e agride quem bateu...
  • Se o filho faz o que o pai não quer, pode até causar um infarto no pai...

Mas... Podemos ver algo pior: Ter quem se ama.

Quando crimes passionais vemos hoje em dia?

A questão é:

Comete-se este crime por amor ou porque somos infantis e queremos sempre ter a posse de tudo? (Essa pergunta cada um responda a si próprio)

Agora, sabendo o quanto somos infantis, vamos ver as culpas da vida...

Eu sou culpado? (Boa pergunta essa em...)

Sou culpado do que, afinal? De errar.

Graças a Deus eu erro... Não sou perfeito... Se fosse, eu seria Deus e não humano...

Culpa de ter feito algo ruim a mim ou a alguém? Podemos eliminar essa culpa pensando da seguinte forma:

O que gerou essa situação? Ao invés de nos culparmos deveríamos na verdade resolver isso...

Culpar algo ou alguém:

Esse fenômeno é mais comum do que se imagina.
Podemos dizer que ao invés de nos responsabilizarmos por nossos erros, jogamos a culpa em algo ou alguém para tornar tolerável nossos erros...

Culpar Deus por nossos problemas de vida:

Esse tipo de situação é estranha, vejamos por que:

Como pode alguém (que acredita em reencarnação e livre arbítrio) dizer que Deus é culpado?
  • Será que somos essa inocência toda?
  • Será que existe um Deus que privilegia uns e abandona outros? (Tenho certeza que não)

Mas...

Como crianças mimadas que somos, transformamos a nossa força geradora em culpada de todas nossas angústias...

Por sorte nossa Deus é adulto. Imagine se ele fosse como nós? (Já teríamos sumido da Terra.)

A culpa e todas suas variantes é tão útil como cantil vazio no meio do deserto...

Então...

Vamos parar de culpar a nós e a tudo e começar a crescer. Vamos assumir uma postura de adultos na vida...

Aquele que se torna responsável e adulto para a vida pára de ter culpas e começa a ter soluções...

No final, ainda teremos uma culpa para carregar:

Somos todos culpados de vivermos nessa sociedade infantil.
Até virarmos adultos, ela será essa infantilidade toda...


3 comentários:

  1. Mesmo porque não sabemos exatamente o que é certo ou errado - a única base que temos é a nossa consciência baseada em experiências desta e outras vidas... Abraços!

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  2. valeu meu brother como sempre nos enchendo de sabedoria .

    muito obrigado.

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  3. Quem se Desculpa, se Culpa.
    Provérbio Francês

    Boa Tarde!

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